27 março, 2007

Poesias



Pensa- Repensa

Pensa-repensa :
(se não sabe, inventa!)
Qual o limite do tempo
Qual o caminho do vento
Qual o seu consentimento ao meu sorriso???

Qual o endereço do paríso?

-Bem dentro de si!

Mariana Flor, 27.05.20O6



Cor- brilho- canção.

Faço-me cor-brilho-canção.

É amor demais no coração!

De sentir graAande quando sorriem de sopetão,
Emanando, diante de problemas,
Solução.

-Pois nesse meu mundo,
O ganha-pão é sentimento

Profundo.

Mariana Flor,27.05.20O6



Ama

Ama pra essa vida validar
Derrama com ternura esse amar
Que a hora boa
Há de durar

Ama, criança!

Veste-te de Luz!

Ama, encanta
Desejo seduz

Medo não faz juz ao zelo do toque dos dedos que o tempo conduz

Ama!

E sopra vento nos cabelos da desilusão

Anda,
Que o que satisfaz mesmo

É o que temos,
no coração.

Mariana Flor, 27.05.20O6


Eterna Mutável

Meu ser é supremo
Pois nele o sublime habita
Tal qual um pote de barro carrega as virtudes
Daquele que o moldou na olaria.

Meu ser é pequeno
Mas toda a grandiosa majestade do universo
O permeia e irradia
Com grandes doses de felicidade dissolvida
Bem como tudo o que não sacia a carne e sedenta a deixa,
O espírito regojiza.

Já que a carne é efêmera,
Mas os flúidos, a energia
É eterna mutável que o tempo não dita.

Ma 'Ri ana Flor, 02.03.20O5

Voo

Abre as portas da percepção
E olha pra dentro do olho de ti mesmo.

Refaz-se estrela suprema
De tua própria existência
E esquece de qualquer vil apego

Metamorfoseando-se em Luz,
Dispa-te dos falsos egos
E erga-te em multi-cor

A pura essência seduz
E à plenitude
O amor conduz com sucesso

Sê ser livre e sereno
E, feliz ao extremo,
Abre as portas da percepção
No voo
Pra dentro de ti mesmo.

Ma'Riana Flor, 03.07.20O7


Sentimento

Tá faltando sentimento!
...Nissos que se carrega por dentro,
Acolá, por alí

Mas
Inda de sorrir a semente
Do nutrir-se pensar diferente
E toOodo inteiro mundo irá florir

Desde
Muito dentro da gente
Até onde o olho-mente não pode sentir.

Ma'Riana Flor, 03.07.2Oo7


Braços abertos

De braços abertos para a imensidão
E a mente voltada par o cosmos,
Transcendo o espírito pela matéria
E deixo a alma vazar pelos poros

Pois,
Sou essência pura.

E com a nuca nua,
harmonizo um renascer.

Bebo a fé, a esperança
A força, a bonança
No explendor de cada amanhecer.

Ma'Riana Flor, 02.03.2oO5




E.

Eu era uma flora encantada nunca dantes navegada em seus ares de raro efeito...


Borboleto e me deleito desde o dia em que caí neste de acá mundo terreno,

Até machuco minhas asas mas, com elegante desfecho fecho as portas pra quem me quer calar o peito.
E afago dum excelso jeito uma dub canção, mantra-diapasão a afinar-me a alma.

Com muita, muita calma.

'Ri, 23.01.08; 23:28hs

Mais poemas - Post editado em 14.03.11!


Floreio

Participei ao tempo
Meu lado de dentro
E mergulhei contento nas curvas de um ventar

Participei à flora
Que toda fina aurora
Ascende de um sol-raiar

(É de espanto tanto, memória sái do canto e se conta num pensar,
carregada de estórias, que nem toda a estelar cachola ousa imaginar)

Participei floreios
Que toda sorte-norte
Guia qual cheio luar.

Sou átomo contido na atmosfera,
Soul parte amiga da azul esfera.

'Ri, meados 2007



Pulsar de Quasar


Raro de amor efeito

Amor rarefeito de fim exato


Onde começas, é onde termina um infinito imediato


Amor de ato nato

Amor de faro fácil...


Te sinto, tão lindo, soberbo em tamanha generosidade.

E pasmo, quietinha, aguardando, com sedentos olhos de afago,

O por vir dos espasmos

Derramando-se por sobre o avesso de meu ser, holisticamente extasiado.


Sopro a chama e ela mais acende

Sopro; inflama a flauta doce e perene que sua melodia arquiteta.


Deita-se assim, sereno e embriagado, nos desejos de meus olhos de afago

Que, inteiro, eu te abraço


Derramando toda a majestade de teu precioso ser-ninguém

Se espalhando por dentro do intenso nada que se cobre de minhas vestes, alma


Vem macio, sincero...


Vem pra sempre,

Que eu quero

Esse arder perpétuo de tua pólvora.


Vem, que eu verso

A minha sede tonta...


Sem poréns nem horas,

De extensão orbital

E proporções cósmicas.


‘Ri, 12.01.2008; 14:35hs


Tempo Perene


Entorpecidas vozes do viver

Chacoalham e acordam

Instintos depositados em meu ser


Urna diurna que em noite se tece

Eu soo um lobo da estepe


Estúpida auto-sabotagem

Age e entristece


Mas de angústia a boca esquece,

Brindando a Baco,

Em mais um trago, queimando as vestes.


O estômago tonto não quer parar cheio

E esse reencontro de tempo primeiro

(Dentro de tantos tempos idos)

Dentro de tantos tempos mesmos

Que tomam o tempo vindo

Soam roídos que comunicam,

Na tentativa de afinar a alma,

A ressuscitar as certezas ancestrais que meu genoma guarda...


Os mesmos caminhos a fugir

De tudo o que eu recebo e quero

Pelo terror de ter ermo o meu amor que

Dessa chama que se chama dor, não esquece

E me inflama com o torpor do que, à volta, acontece.


Por dentro

Há calmas

Que o coração afaga,

Em tempo preciso


Afoga e se farta.


O tempo, há tempos, me veste.

(Ao mesmo tempo que em si me despe)


‘Ri 20.04.2010



Sinto amor


Sinto amor pelo sorriso do sol

sinto amor pelo cochicho do vento

sinto amor pelo cheiro de mar nos cabelos

sinto amor pelo capricho do tempo


Até pelas núvens


E as estrelas

As estrelas...


Me fazem calada.


Pois trazem cem palavras sem o poder

Para traduzir o que sinto ao vê-las

Com as miudezas de suas grandezas


Me trazem mil palavras que não dizem enfim

A preciosidade de suas belezas para mim


(Devo então sentir

estrelas no peito

quando elas me sorriem por dentro)


‘Ri 13.05.10


Poemas antigos publicados no Contrac (e-zine de contracultura inativo atualmente)


A Poesia do P

Pessoas passam passadas

Passivas, pasmadas,
Pensantes no pulsar do pulso no punho
Pelos plexos perplexos de persistir
Na própria paródia panorâmica prosopopéica

Que, por prezados prazeres providos
De pronúncia promíscua,

Provocam, promovem e proclamam
Plácidas palavras plasmáticas

Profundas, profanas, prostadas
No prostíbulo
Do paradigma puritano.

Mariana Flor 2003



Mais Alto

Vamos voar mais alto que o mar já vem vindo...
E amar é só uma questão de infinito
Num segundo a cada minuto mais bonito
E a vida nos sorrindo
Enquanto a gente vai se indo Embora, e dentro e fora,
Mais vontade vem vindo
Na entrega, na troca
Na hora a dois
Dessa
Multidão
De
Nós.

Mariana Flor 1998



Tic-tac

Não agüento mais
A falta que você me faz
E eu já tentei de tudo
Já voltei atrás
Já segui em frente
Já provei de outra gente
Já fiquei contente
Mas depois que passa
Também a ressaca
O tic-tac do despertador
Avisa insistentemente
Que a bomba-relógio
Do meu coração
Está prestes a implodir...
-Vem me salvar de mim!

Mariana Flor 1999



Linha do Tempo

No exato momento
em que a linha do tempo
surgiu num clarão

Você veio com o vento
varrer agonias de meu coração

E assim, de repente, me fez contente
um sorriso no olhar

No exato momento
em que a linha do tempo
fez-se notar

Num exato momento...
magia e emoção,
num exato momento
era a linha do tempo e você num clarão

Você veio com graça
me tocou a alma e me trouxe um cantar,
com a alma tocada te extendi a mão,
outro riso no olhar

Num exato momento...
magia e emoção,
num exato momento
era a linha do tempo,você e o vento, tudo num clarão

Vi a vida sofrida
bem mais tranqüila
era você e eu
vi nascer a esperança
o brotar da semente que você me deu

Num exato momento...
magia e emoção,
num exato momento
era a linha do tempo, o vento, a esperança, tudo num clarão

E como a terra gira
e tudo muda
pus-me a dançar
e sob a seda branca
transcendi o espírito
flutuei no ar

Num exato momento...
magia e emoção,
num exato momento
era a linha do tempo, a dança, o vento
eu, você, num clarão.

Mariana Flor 2002



Assim

Gosto do cheiro de terra molhada
degusto sabor na água
sofro de solidão
solidão ou companhia de mim mesma
mim,
eu existo
resisto
insisto
persisto
Enfim, de nada adiantaria
Se não fosse
eu em mim, sozinha
acompanhadíssimamente minha.

Mariana Flor 1998



Eu sou poeta


Eu sou poeta
Poetiza não!

Eu sou poeta
Escrevo com o coração

A gramática raciocina, mas
A semântica enfatiza
Eu sou poeta...

A gramática determina, mas
A semântica idealiza
Eu sou poeta...

A gramática pode até criticar
Mas a semântica há de explicar
Eu sou poeta....

Perceba a intenção, poetiza não!

Porque no universo do papel e lápis
eu posso tudo, tudo o que eu quiser

Posso sambar na lua, voar na rua
Andar com os pés no céu, casar com véu
Virar mel e fel

Posso dizer que sou tua e ser o teu eu
Posso cambalear sem cair, até tropeçar e sorrir
Posso ser eu e ser você e ser ninguém e ser alguém qualquer,
Além de mim também

Posso ir pra chuva sem me molhar
E estar em tempestade em alto mar sem temer me afogar
E te afagar com palavras lindas,
te conquistar com versos meus

Posso me transformar e destransformar
e voar e sonhar e fazer acontecer ou acreditar
Te abrir as janelas do meu eu

Porque no mundo de papel e lápis
Não há fronteiras, nem regras, nem proibição

Posso até tornar verdade uma ilusão,
ou descrever a realidade com total exatidão, pois

Eu sou poeta
Poetiza não!
Eu sou poeta

Escrevo com o coração.


Mariana Flor 1998



Eu, que sou brasileira

Eu, que sou brasileira
Eu que sou nordestina
Nunca bebi água no quengo
Nunca fui à Juazeiro
Não sei o que é arribaçã, tão pouco comi preá
Não trago na boca o gosto da ginga, nem o gosto do Juá
Nunca fui no Sertão, não ao Sertão bruto
Nunca senti o calor da caatinga

Eu, que sou brasileira
Eu, que sou pernambucana
Amo o carnaval de Olinda
O pôr do sol em Calhetas
As ondas de Maracaípe e porto de Galinhas
Amo o frevo! O maracatu de todos os baques- virado ou solto, és belo oh maracatu do povo!

E sobre as rugas o brilho do olhar do caboclo de lança
Coberto por lantejoulas, trazendo na boca a flôr e no peito a esperança
Carregando, num ritmo poético, a fortuna da cultura nas costas
direto da zona da mata para os corações!

Amo o coco,a embolada,a ciranda de roda na praça
As fitas do Mateus, as ladainhas, ler Ariano Suassuna
E ver o povo cantando e dançando de cima do Pina-antiga soparia
E pular a fogueira junina em Caruaru, dançar forró pé-de-serra ouvindo o sanfoneiro tocar

Eu, que sou brasileira
Eu, que moro em Natal
Já desci -com emoção- as dunas de Genipabu
Já comi a tapioca da Redinha
Leio Câmara Cascudo, Nísia Floresta
Encho a boca pra dizer "Ôxi mainha!"

Já subi o morro do careca e caminhei no Parque das Dunas
Já mergulhei na Praia dos Artistas
Me bronzeio em Ponta Negra
Sou filha da Praia de Pipa
Já papei-e-papo-jerimum
Já deslumbrei-me com o velho Potengi
Mas nunca fui além...
Jamais vi o pico do Cabugi

Eu, que sou brasileira
Eu, que sou daqui
Morei em Macéio, Rio de Janeiro, Porto Alegre
Falo "fluentemente" inglês
Uso tênis, calça jeans
Não comemoro o "Brasil 500 anos"
Sofro pelos índios, considero o capitalismo selvagem

Eu, que sou..."globalizada"?!
Eu, que sou colonizada!
Estou submetida em termos de raça, em termos de nação

Vou gritar minhas mágoas quanto à "Pátria"
Quanto às cestas básicas que distribuem à população!

Eu, que sei o quem-o quê-sou
Eu importante formiguinha no cosmos

Respeito essa majestosa que gira, gira, gira...-Ah Terra linda!
A nossa mãe, sobre o qual nascemos, à qual serviremos de alimento
A nossa explêndida que cria, dá, tira, nos faz aprender com o seu grande poder

Eu, que sei meu valor
Gritarei à vida
Viverei meu amor

Lutarei para que o homem resgate a pureza da essência, sua glória

Eu, que sou brasileira
Tenho fé e esperança
De um dia-ah Deus, um dia...
Reconhecermos e defendermos pra quê viemos, oh verdadeiro Brasil

Benção
Comadre Florzinha
Cordel do Fogo Encantado
Naná Vasconcelos
Chico Science, Nação Zumbi
Cidate
Mestre Verdilinho, Mestre Salustiano
Antônio Carlos Nóbrega
Caboclinhos, Zambê
Boi de Reis, Boi-Bumba de Axixá
pastorinhas
Lia de Itamaracá...

Mariana Flor 1999



VIDA É POESIA!!!







(((Esta é uma mostra do conteúdo que está em fase de edição.
Estou em 75% do download,
Daqui a bem pouco aqui estará o conteúdo todo!!!)))

;)