Pensa- Repensa
Pensa-repensa :
(se não sabe, inventa!)
Qual o limite do tempo
Qual o caminho do vento
Qual o seu consentimento ao meu sorriso???
Qual o endereço do paríso?
-Bem dentro de si!
Mariana Flor, 27.05.20O6
Cor- brilho- canção.
Faço-me cor-brilho-canção.
É amor demais no coração!
De sentir graAande quando sorriem de sopetão,
Emanando, diante de problemas,
Solução.
-Pois nesse meu mundo,
O ganha-pão é sentimento
Profundo.
Mariana Flor,27.05.20O6
Ama
Ama pra essa vida validar
Derrama com ternura esse amar
Que a hora boa
Há de durar
Ama, criança!
Veste-te de Luz!
Ama, encanta
Desejo seduz
Medo não faz juz ao zelo do toque dos dedos que o tempo conduz
Ama!
E sopra vento nos cabelos da desilusão
Anda,
Que o que satisfaz mesmo
É o que temos,
no coração.
Mariana Flor, 27.05.20O6
Eterna Mutável
Meu ser é supremo
Pois nele o sublime habita
Tal qual um pote de barro carrega as virtudes
Daquele que o moldou na olaria.
Meu ser é pequeno
Mas toda a grandiosa majestade do universo
O permeia e irradia
Com grandes doses de felicidade dissolvida
Bem como tudo o que não sacia a carne e sedenta a deixa,
O espírito regojiza.
Já que a carne é efêmera,
Mas os flúidos, a energia
É eterna mutável que o tempo não dita.
Ma 'Ri ana Flor, 02.03.20O5
Voo
Abre as portas da percepção
E olha pra dentro do olho de ti mesmo.
Refaz-se estrela suprema
De tua própria existência
E esquece de qualquer vil apego
Metamorfoseando-se em Luz,
Dispa-te dos falsos egos
E erga-te em multi-cor
A pura essência seduz
E à plenitude
O amor conduz com sucesso
Sê ser livre e sereno
E, feliz ao extremo,
Abre as portas da percepção
No voo
Pra dentro de ti mesmo.
Ma'Riana Flor, 03.07.20O7
Sentimento
Tá faltando sentimento!
...Nissos que se carrega por dentro,
Acolá, por alí
Mas
Inda há de sorrir a semente
Do nutrir-se pensar diferente
E toOodo inteiro mundo irá florir
Desde
Muito dentro da gente
Até onde o olho-mente não pode sentir.
Ma'Riana Flor, 03.07.2Oo7
Braços abertos
De braços abertos para a imensidão
E a mente voltada par o cosmos,
Transcendo o espírito pela matéria
E deixo a alma vazar pelos poros
Pois,
Sou essência pura.
E com a nuca nua,
harmonizo um renascer.
Bebo a fé, a esperança
A força, a bonança
No explendor de cada amanhecer.
Ma'Riana Flor, 02.03.2oO5
Eu era uma flora encantada nunca dantes navegada em seus ares de raro efeito...
Borboleto e me deleito desde o dia em que caí neste de acá mundo terreno,
Até machuco minhas asas mas, com elegante desfecho fecho as portas pra quem me quer calar o peito.
E afago dum excelso jeito uma dub canção, mantra-diapasão a afinar-me a alma.
Com muita, muita calma.
'Ri, 23.01.08; 23:28hs
Mais poemas - Post editado em 14.03.11!
Floreio
Participei ao tempo
Meu lado de dentro
E mergulhei contento nas curvas de um ventar
Participei à flora
Que toda fina aurora
Ascende de um sol-raiar
(É de espanto tanto, memória sái do canto e se conta num pensar,
carregada de estórias, que nem toda a estelar cachola ousa imaginar)
Participei floreios
Que toda sorte-norte
Guia qual cheio luar.
Sou átomo contido na atmosfera,
Soul parte amiga da azul esfera.
'Ri, meados 2007
Pulsar de Quasar
Amor rarefeito de fim exato
Onde começas, é onde termina um infinito imediato
Amor de ato nato
Amor de faro fácil...
Te sinto, tão lindo, soberbo em tamanha generosidade.
E pasmo, quietinha, aguardando, com sedentos olhos de afago,
O por vir dos espasmos
Derramando-se por sobre o avesso de meu ser, holisticamente extasiado.
Sopro a chama e ela mais acende
Sopro; inflama a flauta doce e perene que sua melodia arquiteta.
Deita-se assim, sereno e embriagado, nos desejos de meus olhos de afago
Que, inteiro, eu te abraço
Derramando toda a majestade de teu precioso ser-ninguém
Se espalhando por dentro do intenso nada que se cobre de minhas vestes, alma
Vem macio, sincero...
Vem pra sempre,
Que eu quero
Esse arder perpétuo de tua pólvora.
Vem, que eu verso
A minha sede tonta...
Sem poréns nem horas,
De extensão orbital
E proporções cósmicas.
Tempo Perene
Entorpecidas vozes do viver
Chacoalham e acordam
Instintos depositados em meu ser
Urna diurna que em noite se tece
Eu soo um lobo da estepe
Estúpida auto-sabotagem
Age e entristece
Mas de angústia a boca esquece,
Brindando a Baco,
Em mais um trago, queimando as vestes.
O estômago tonto não quer parar cheio
E esse reencontro de tempo primeiro
(Dentro de tantos tempos idos)
Dentro de tantos tempos mesmos
Que tomam o tempo vindo
Soam roídos que comunicam,
Na tentativa de afinar a alma,
A ressuscitar as certezas ancestrais que meu genoma guarda...
Os mesmos caminhos a fugir
De tudo o que eu recebo e quero
Pelo terror de ter ermo o meu amor que
Dessa chama que se chama dor, não esquece
E me inflama com o torpor do que, à volta, acontece.
Por dentro
Há calmas
Que o coração afaga,
Em tempo preciso
Afoga e se farta.
O tempo, há tempos, me veste.
(Ao mesmo tempo que em si me despe)
‘Ri 20.04.2010
Sinto amor
Sinto amor pelo sorriso do sol
sinto amor pelo cochicho do vento
sinto amor pelo cheiro de mar nos cabelos
sinto amor pelo capricho do tempo
Até pelas núvens
E as estrelas
As estrelas...
Me fazem calada.
Pois trazem cem palavras sem o poder
Para traduzir o que sinto ao vê-las
Com as miudezas de suas grandezas
Me trazem mil palavras que não dizem enfim
A preciosidade de suas belezas para mim
(Devo então sentir
estrelas no peito
quando elas me sorriem por dentro)
‘Ri 13.05.10
Poemas antigos publicados no Contrac (e-zine de contracultura inativo atualmente)
A Poesia do P
Pessoas passam passadas
Passivas, pasmadas,
Pensantes no pulsar do pulso no punho
Pelos plexos perplexos de persistir
Na própria paródia panorâmica prosopopéica
Que, por prezados prazeres providos
De pronúncia promíscua,
Provocam, promovem e proclamam
Plácidas palavras plasmáticas
Profundas, profanas, prostadas
No prostíbulo
Do paradigma puritano.
Mariana Flor 2003
Mais Alto
Vamos voar mais alto que o mar já vem vindo...
E amar é só uma questão de infinito
Num segundo a cada minuto mais bonito
E a vida nos sorrindo
Enquanto a gente vai se indo Embora, e dentro e fora,
Mais vontade vem vindo
Na entrega, na troca
Na hora a dois
Dessa
Multidão
De
Nós.
Mariana Flor 1998
Tic-tac
Não agüento mais
A falta que você me faz
E eu já tentei de tudo
Já voltei atrás
Já segui em frente
Já provei de outra gente
Já fiquei contente
Mas depois que passa
Também a ressaca
O tic-tac do despertador
Avisa insistentemente
Que a bomba-relógio
Do meu coração
Está prestes a implodir...
-Vem me salvar de mim!
Mariana Flor 1999
Linha do Tempo
No exato momento
em que a linha do tempo
surgiu num clarão
Você veio com o vento
varrer agonias de meu coração
E assim, de repente, me fez contente
um sorriso no olhar
No exato momento
em que a linha do tempo
fez-se notar
Num exato momento...
magia e emoção,
num exato momento
era a linha do tempo e você num clarão
Você veio com graça
me tocou a alma e me trouxe um cantar,
com a alma tocada te extendi a mão,
outro riso no olhar
Num exato momento...
magia e emoção,
num exato momento
era a linha do tempo,você e o vento, tudo num clarão
Vi a vida sofrida
bem mais tranqüila
era você e eu
vi nascer a esperança
o brotar da semente que você me deu
Num exato momento...
magia e emoção,
num exato momento
era a linha do tempo, o vento, a esperança, tudo num clarão
E como a terra gira
e tudo muda
pus-me a dançar
e sob a seda branca
transcendi o espírito
flutuei no ar
Num exato momento...
magia e emoção,
num exato momento
era a linha do tempo, a dança, o vento
eu, você, num clarão.
Mariana Flor 2002
Gosto do cheiro de terra molhada
degusto sabor na água
sofro de solidão
solidão ou companhia de mim mesma
mim,
eu existo
resisto
insisto
persisto
Enfim, de nada adiantaria
Se não fosse
eu em mim, sozinha
acompanhadíssimamente minha.
Mariana Flor 1998
Eu sou poeta
Eu sou poeta
Poetiza não!
Eu sou poeta
Escrevo com o coração
A gramática raciocina, mas
A semântica enfatiza
Eu sou poeta...
A gramática determina, mas
A semântica idealiza
Eu sou poeta...
A gramática pode até criticar
Mas a semântica há de explicar
Eu sou poeta....
Perceba a intenção, poetiza não!
Porque no universo do papel e lápis
eu posso tudo, tudo o que eu quiser
Posso sambar na lua, voar na rua
Andar com os pés no céu, casar com véu
Virar mel e fel
Posso dizer que sou tua e ser o teu eu
Posso cambalear sem cair, até tropeçar e sorrir
Posso ser eu e ser você e ser ninguém e ser alguém qualquer,
Além de mim também
Posso ir pra chuva sem me molhar
E estar em tempestade em alto mar sem temer me afogar
E te afagar com palavras lindas,
te conquistar com versos meus
Posso me transformar e destransformar
e voar e sonhar e fazer acontecer ou acreditar
Te abrir as janelas do meu eu
Porque no mundo de papel e lápis
Não há fronteiras, nem regras, nem proibição
Posso até tornar verdade uma ilusão,
ou descrever a realidade com total exatidão, pois
Eu sou poeta
Poetiza não!
Eu sou poeta
Escrevo com o coração.
Mariana Flor 1998
Eu, que sou brasileira
Eu, que sou brasileira
Eu que sou nordestina
Nunca bebi água no quengo
Nunca fui à Juazeiro
Não sei o que é arribaçã, tão pouco comi preá
Não trago na boca o gosto da ginga, nem o gosto do Juá
Nunca fui no Sertão, não ao Sertão bruto
Nunca senti o calor da caatinga
Eu, que sou brasileira
Eu, que sou pernambucana
Amo o carnaval de Olinda
O pôr do sol em Calhetas
As ondas de Maracaípe e porto de Galinhas
Amo o frevo! O maracatu de todos os baques- virado ou solto, és belo oh maracatu do povo!
E sobre as rugas o brilho do olhar do caboclo de lança
Coberto por lantejoulas, trazendo na boca a flôr e no peito a esperança
Carregando, num ritmo poético, a fortuna da cultura nas costas
direto da zona da mata para os corações!
Amo o coco,a embolada,a ciranda de roda na praça
As fitas do Mateus, as ladainhas, ler Ariano Suassuna
E ver o povo cantando e dançando de cima do Pina-antiga soparia
E pular a fogueira junina em Caruaru, dançar forró pé-de-serra ouvindo o sanfoneiro tocar
Eu, que sou brasileira
Eu, que moro em Natal
Já desci -com emoção- as dunas de Genipabu
Já comi a tapioca da Redinha
Leio Câmara Cascudo, Nísia Floresta
Encho a boca pra dizer "Ôxi mainha!"
Já subi o morro do careca e caminhei no Parque das Dunas
Já mergulhei na Praia dos Artistas
Me bronzeio em Ponta Negra
Sou filha da Praia de Pipa
Já papei-e-papo-jerimum
Já deslumbrei-me com o velho Potengi
Mas nunca fui além...
Jamais vi o pico do Cabugi
Eu, que sou brasileira
Eu, que sou daqui
Morei em Macéio, Rio de Janeiro, Porto Alegre
Falo "fluentemente" inglês
Uso tênis, calça jeans
Não comemoro o "Brasil 500 anos"
Sofro pelos índios, considero o capitalismo selvagem
Eu, que sou..."globalizada"?!
Eu, que sou colonizada!
Estou submetida em termos de raça, em termos de nação
Vou gritar minhas mágoas quanto à "Pátria"
Quanto às cestas básicas que distribuem à população!
Eu, que sei o quem-o quê-sou
Eu importante formiguinha no cosmos
Respeito essa majestosa que gira, gira, gira...-Ah Terra linda!
A nossa mãe, sobre o qual nascemos, à qual serviremos de alimento
A nossa explêndida que cria, dá, tira, nos faz aprender com o seu grande poder
Eu, que sei meu valor
Gritarei à vida
Viverei meu amor
Lutarei para que o homem resgate a pureza da essência, sua glória
Eu, que sou brasileira
Tenho fé e esperança
De um dia-ah Deus, um dia...
Reconhecermos e defendermos pra quê viemos, oh verdadeiro Brasil
Benção
Comadre Florzinha
Cordel do Fogo Encantado
Naná Vasconcelos
Chico Science, Nação Zumbi
Cidate
Mestre Verdilinho, Mestre Salustiano
Antônio Carlos Nóbrega
Caboclinhos, Zambê
Boi de Reis, Boi-Bumba de Axixá
pastorinhas
Lia de Itamaracá...
Mariana Flor 1999
VIDA É POESIA!!!
(((Esta é uma mostra do conteúdo que está em fase de edição.
Estou em 75% do download,
Daqui a bem pouco aqui estará o conteúdo todo!!!)))
;)
Um comentário:
Quanta sincronia quântica!
Segue firme e forte sempre, tá? dona Florzinha. Me identifiquei bastante com o que tu escreves, pleno...Abraços,
Camilla Nunes
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